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Reflexões sobre o processo de luto.

25/11/2017 0 Comentários Leitura: 3 min
Reflexões sobre o processo de luto.

Nos dias atuais, a morte ainda é vista como um tabu, cercada de mistérios e de crenças, e as pessoas, frequentemente, não se encontram preparadas para lidar com o luto.

O luto é uma reação psicológica que aparece em momentos de perda. É uma dor emocional que se sente frente a perda de algo ou alguém significativo em nossas vidas.

Esta reação psicológica não tem apenas elementos de caráter emocional, mas também fisiológicos e sociais.

Geralmente, quando falamos de luto, na maioria das vezes o associamos com a morte, mas esse processo também pode ser observado frente à ruptura de uma relação, a perda do emprego ou a perda de um objeto com o qual tínhamos um forte vínculo emocional.

Portanto, o processo do luto significa que, em função da perda, deveremos passar por um período de adaptação cujo objetivo é ressignificar nossa nova vida sem essa pessoa ou coisa.

Normalmente, o luto se resolve de forma natural quando entendemos que é um processo normal limitado no tempo, avançando a sua evolução em direção a superação, podendo fortalecer a nossa maturidade e crescimento pessoal.

Mas do mesmo jeito que se reconhece que é um processo natural que implica grande sofrimento para a maioria das pessoas, também sabe-se que esse processo pode se complicar, chegando a produzir transtornos se os sintomas se mantiverem no tempo e afetarem o desenvolvimento da vida diária. Nesses casos, algumas pessoas ficam paradas em alguma fase do luto, sem chegar a se desprender nem se despedir daquilo que perderam.

É difícil dizer quando realmente o luto terminou, ainda que se considere um momento chave aquele em que a pessoa é capaz de olhar para trás, isto é, para o seu passado e lembrar-se com afeto e tranquilidade, com saudade mas sem dor, da pessoa que se foi e da sua história compartilhada.

Normalmente a elaboração de todo esse processo tem uma duração que compreende de um a dois anos, dependendo de cada pessoa, da proximidade e do vínculo que existente entre a pessoa que ficou e pessoa ou coisa que partiu.

A elaboração do luto passa por diferentes fases, nas quais podem predominar emoções muito dolorosas. Estas fases não se estendem como períodos fixos e organizados, ao contrário tendem a se sobrepor, contendo uma mistura de emoções e respostas. Estas fases são compostas da seguinte forma:

O que podemos fazer para elaborar o luto?

  • Aceitar e compreender que o luto é um processo natural que leva o seu tempo, sem tentar apressá-lo. Poder enfrentar a perda e atravessá-la de uma forma adaptativa nos gera maior confiança, desenvolvendo novos aspectos e mecanismos.
  • Não resistir à mudança. Acontece uma transformação frente à perda de pessoas e papéis que ocupam um lugar central em nossas vidas. O melhor é abraçar essas mudanças, aproveitando as oportunidades que se apresentam para o crescimento, ao mesmo tempo em que reconhecemos os aspectos nos quais nos sentimos empobrecidos.
  • Expressar nossas emoções e sentimentos. Comunicá-las, não reprimi-las e, se for necessário, procurar a ajuda de um psicólogo.
  • Estar rodeado de vida, ativar nossas relações sociais, aprender algo novo ou fazer atividade física por exemplo, de acordo com a nossa idade e condição de saúde.
  • Procurar novos sentidos para a vida, criar e desenvolver projetos.

Quando procurar ajuda?

A dor, o sofrimento e os transtornos que acompanham o luto não têm nada de “anormal”, mas existem certos sintomas que indicam que deveríamos consultar um psicólogo, ainda que a decisão final seja de cada um.

Você deve considerar seriamente a ideia de falar com um profissional sobre o seu luto se apresentar algum dos seguintes sintomas:

  • Intensos sentimentos de culpa.
  • Pensamentos de suicídio.
  • Desespero exacerbado.
  • Inquietude ou depressão prolongada.
  • Sintomas físicos (perda substancial de peso, sensação de ter uma faca cravada no peito, etc.)
  • Ira descontrolada.
  • Dificuldades contínuas de funcionamento.
  • Abuso de substâncias

Ainda que qualquer um destes sintomas possa ser característico de um processo normal de luto, a sua continuidade por tempo prolongado deve ser motivo de preocupação e atenção para consultar um psicólogo.

Elaborar o luto significa se colocar em contato com o vazio deixado pela perda do que não existe mais, valorizar a sua importância e suportar o sofrimento e a frustração que comporta a sua ausência.

*Os textos do site são informativos e não substituem o atendimento realizado por profissionais.

Tags: aceitação | depressão | fases do luto | luto | negação | negociação | perda | psicólogo. | raiva | reação psicológica

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Paulo Alencar

Paulo Alencar

Psicólogo clínico, C.R.P.06/137862, atua com adolescentes, adultos, idosos, LGBTQIA+ e realiza avaliação psicológica para cirurgia bariátrica, laqueadura ou vasectomia. Tem formação em Terapia Comportamental e Cognitiva pelo instituto de Psiquiatria IPq-HCFMUSP e especialização em Terapia Cognitivo Comportamental pelo ITC - Instituto de Terapia Cognitiva.

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