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É você que dá significado ao Natal.

A cidade se enche de cores e sons, as luzes decorativas piscam e a música “Então é Natal” da cantora Simone toca por todos os cantos. As ruas ficam cheias de pessoas correndo em busca de presentes e as vitrines exibem suas lindas decorações. O dia 25 de Dezembro se aproxima e com ele, uma certa expectativa. No entanto, embora o Natal seja uma data marcada nos calendários de todo o mundo, ele é vivido de forma única por cada um de nós.

Para muitos, o Natal é uma época de sonhos e desejos. Crianças, em especial, mergulham no espírito da festa, imaginando um mundo mágico de esperança e alegria. O Natal é a época de se reunir com a família, de escrever cartas ao Papai Noel e de acreditar em um mundo mais bonito porque, ao seu redor, todos compartilham dessa visão encantada. Com o tempo, muitos de nós, ao amadurecer, sentimos uma saudade dessa inocência. Nos conectamos com a essência dessa época e tentamos reviver, de alguma forma, a leveza dos nossos primeiros Natais.

No entanto, para outros, o Natal é marcado pela ausência. A falta daqueles que partiram, que não ocupam mais os mesmos espaços ao redor da mesa, é algo que torna o clima festivo mais pesado. Não são necessários gestos grandiosos, mas o simples acolhimento, a escuta e a presença para validar suas emoções. Em momentos assim, a verdadeira necessidade não é de uma felicidade forçada, mas de um espaço para o luto e a saudade, com respeito e compreensão.

Além disso, há aqueles que, no Natal, veem uma oportunidade de se libertar das frustrações do cotidiano. O consumo se torna uma válvula de escape, uma maneira de preencher o vazio com coisas, como se comprando presentes ou se entregando a excessos, fosse possível encontrar uma sensação de bem-estar. No entanto, o Natal pode ser uma chance de reflexão, de perceber o que realmente importa e o que nos faz sentir completos, além das aparências.

No fim, o Natal é o que escolhemos que ele seja. Ele carrega significados diferentes para cada pessoa, dependendo de suas experiências, seus sentimentos e suas intenções. O que realmente importa é a forma como nos relacionamos com o momento, com os outros e com nós mesmos. Somos nós que damos o tom a essa celebração. Não deixe de viver novos Natais pela lembrança do que já passou. Sentir-se triste é algo normal, o que você faz com essa tristeza é o que importa.

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